Dois vexames em menos de um
ano. O futebol pentacampeão e de tantas glórias e tradição se vê em ruinas. O
país vive uma crise em quase todas as suas vertentes, desde a Economia,
passando pela política e nem aquele alento que fazia muitos ainda terem
orgulhoso da nação da mais sinal de vida. É tempo de abrir os olhos e mudar, é
tempo de ter humildade e reconstruir o nosso futebol.
O futebol brasileiro está
podre na sua administração, depois de anos em que um time de craques resolvia e
abafava questões extracampo, finalmente começamos a sentir os reflexos. A
ditadura Havelange, passando por Ricardo Teixeira e desaguando nas mãos de
Marín e Del Nero estão matando o futebol nacional. Os erros foram muitos, falta
de investimento na base, pouca preocupação com a intervenção de empresários nas
negociações com jovens talentos, clubes endividados após péssimas gestões, perda
de identidade do futebol nacional, venda da seleção como um produto jogando
mais no exterior do que em casa, jogadores como Ronaldinho, Adriano e Kaká que
por questões físicas ou pessoais não tem nível para estar na seleção sendo
aquela referencia e experiência no time como Pirlo, Xavi, Van Persie, Ibra e
Gerrard fazem ou faziam até a última copa por suas seleções. Esses são alguns
exemplos dos que no levou até aqui.
Não temos mais aquele time
que podia não ser um primor taticamente, mas que com uma defesa bem armada e um
setor de criação e ataque fora de série resolvia as nossas questões. O futebol
mudou, evoluiu e talento apenas não resolve mais, a situação fica ainda mais complicada
e evidente agora que só temos um craque. Devemos desistir da seleção e achar
que essa ‘’safra’’ não presta? Acho que é cedo, não temos craques, mas temos
bons jogadores, muitos com grande potencial de evolução. Coutinho, Lucas e
Danilo são exemplos de jovens talentos que se firmaram em grandes equipes nessa
última temporada.
Devemos abrir mão de Dunga e
seu limitado pensamento sobre futebol, o Brasil precisa se reinventar bebendo das
águas do seu jogo envolvente e ofensivo, quando soubermos o que buscamos a base
acompanha e o talento vem subindo valorizando jogadores e técnicos criativos ao
invés dos jovens ‘’jogadores táticos’’ e volantes que são destaque nas
categorias de base atualmente.
Infelizmente a solução que
pra nossa seleção eu vou dar não é ‘’free’’ como diriam os titãs, porém,
envolve ‘’dá lugar pros gringo entrar’’.
Dentro do mercado nacional
poucos treinadores tem um pensamento de futebol que julgo condizente com a tradição
da camisa canarinho. Tite, Muricy que são os mais cascudos para aguentar a
pressão, não tem histórico de times ofensivos ou que joguem com bola no chão
controlando o jogo. Na contramão estão Marcelo Oliveira, Cuca, Oswaldo de
Oliveira que pensam um futebol agradável, mas que não tem ‘’costas largas’’ o
suficiente para uma empreitada de reconstrução de uma seleção pentacampeã que
pode sofrer muitos percalços.
A melhor solução então vem
do exterior, Guardiola seria a melhor opção, um treinador que joga com bola no
chão, propondo o jogo, envolvendo seus adversários e que já se disse admirador
do futebol brasileiro por diversas vezes e que até aceitaria treinar nossa
seleção. Não aproveitamos quando tivemos a oportunidade, o espanhol agora está
no Bayern e não deve sair de lá tão cedo.
Vamos então à realidade, que
é também uma ótima opção, temos no mercado um dos maiores treinadores do mundo
a disposição Carlo Ancelotti. Treinou e foi campeão em muitos dos maiores
clubes do mundo Juventus, Milan, PSG, Chelsea, Real Madrid com vários títulos
Nacionais e 3 títulos de Champions League no currículo.
Apesar de Italiano e
treinadores da bota terem fama de retranqueiros, Ancelotti se mostrou versátil
armando times de acordo com o que tinha em mãos, o último foi o Real Madrid um
time ofensivo que sabia tanto dominar o jogo quanto contra-atacar, e o mais
interessante sem nenhum volante de ofício, nenhum primeiro volante. Carlo
pretende tirar um período para cuidar da sua saúde, nada melhor do que treinar
uma seleção, compromissos esporádicos e fazendo algo novo na sua carreira, ele já
treinou vários jogadores brasileiros logo não deve ter muita dificuldade para
criar uma equipe competitiva.
Será que a solução não é
realmente ‘’alugar’’ o Brasil?
4-3-3
Ancelotti já usou vários
esquemas ao longo da carreira, um dos últimos com algumas variações foi o
4-3-3. Na seleção teríamos provavelmente o único jogador ‘’All around’’(podendo
fazer quase todas as posições no meio de campo) disponível, Hernanes que
terminou bem a temporada seria esse jogador fazendo uma saída de bola com
qualidade e ajudando na organização e cadência do jogo, além de chegar bem ao
ataque para bater de longa e média distancia fazendo papel parecido com o que
Toni Kroos faz no Real Madrid. Mais a frente teríamos Oscar para ajudar na
construção de jogadas e dar ritmo de jogo, Oscar foi um dos maiores
responsáveis pelos desarmes da seleção brasileira na última copa o que mostra
que é um meia que pode ajudar também na marcação. Ao lado de Oscar vem Ramires
trazendo um pouco mais de marcação e velocidade para puxar contra ataques além
do entrosamento com Oscar e Willian também jogador do Chelsea que cai pelo lado
direito facilitando ainda mais as coisas.
Na outra ponta Neymar, e mais a frente Firmino que não tem cacoete de
atacante, não sabe jogar de costas para o gol então seria algo a ser trabalhado
ou Willian, Neymar e Firmino se movimentariam constantemente revezando essa
entrada na área.
4-4-2
O ‘’Mister’’ como também é
chamado o ex-treinador merengue variava sua formação de acordo com seu
departamento médico, perdendo peças importantes como Modric e Bale por um tempo
ele variou seu esquema para um 4-4-2.
No Brasil a formação é
praticamente a mesma, porém dessa vez temos um Willian mais recuado fazendo a
função de meia, na outra meia privilégio para a criação, Coutinho jogador que
fez parte do Time ideal da Premier League ganharia a vaga de Oscar. Mais
driblador, em melhor fase e menos marcador ‘’The Magician’’(como é chamado na
Inglaterra) faria um setor interessante com Neymar e Marcelo por perto. Ao
centro Hernanes e Ramires ficam mais recuados dando espaço para um avanço mais
constante dos laterais fazendo Daniel Alves ganhar a vaga pelo seu grande
talento no apoio.
4-3-3(Falso 9)
A formação talvez mais
interessante quanto ao que temos disponível seria o 4-3-3 com ‘’falso 9’’.
Tática utilizada pelo Barcelona quando o time não tinha um centro avante de
ofício o esquema fez sucesso dando Liberdade de movimentação a Messi que antes
jogava pela ponta direita, vivemos a escassez de atacantes no Brasil e com
Neymar tendo liberdade seria interessante acompanhar.
Na Defesa Daniel Alves e
Marcelo tem certa liberdade para o apoio já que o time tem um Luiz Gustavo mais
fixo e um Hernanes auxiliando na defesa e na saída de bola, mais a frente temos
Oscar próximo a Willian (dois jogadores do Chelsea) com Neymar pelo meio tendo
liberdade total para se movimentar e chegar à área, já na ponta esquerda temos
Coutinho também cercado de boas opções para criar jogadas. O Brasil ainda teria
suplentes interessantes no banco como Lucas, Firmino e Douglas Costa.
3-4-3
Brasileiro é saudosista, e
na semana em que se completa 13 anos do nosso penta campeonato continuamos com
bons Laterais nas subidas ao ataque, temos zagueiros rápidos e de certa
qualidade para sair jogando e mesmo não tendo tantos craques lá na frente a
ideia ainda é válida.
Thiago Silva e David Luiz
zagueiros rápidos pelos lados, Miranda mais alto e com menos mobilidade pelo
centro, na frente um setor que pode tanto atacar bem quanto defender, Luiz
Gustavo mais plantado também auxilia no jogo aéreo, Hernanes ajuda na marcação
e saída de bola, Marcelo e Daniel ficam livres para atacar e fecham os lados
quando o time perde a bola. Mais a frente um trio que não chega perto de
Ronaldinho, Rivaldo e Ronaldo, mas que com movimentação e atacando em bloco com
a ajuda dos Alas e de Hernanes podem fazer a equipe ser bem competitiva.
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